Aos que nunca falam...

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Sinto muito desde já, mas eu ainda tenho que falar!

De repente seria muito pedir para explanar, realmente não sei o que envolve alguns seres que nunca têm nada a declarar. Não sei se peço em excesso, ou sou eu quem não enxergo. Pergunto-me que motivos pessoas assim teriam? Ficam sempre na defensiva e não ousam se entregar. Prefiro acreditar que não é para provocar e aos poucos as coisas começam a clarear, será que eles crêem que vamos perguntar? Já que eles nunca têm o que falar... Sinto informar, que eu apenas observo e tento lhe fazer notar, cabe a ele no mínimo imaginar. Entrego-me de corpo e alma, mas ele preserva-se com medo de se machucar. Eu posso até esperar, afinal, foi bom enquanto eu pude ama-lo. Mas assim eu o conheci, esperando um alguém decidir me amar. Desejava ainda está no seu lugar só para alguém me confessar amor e implorar para ao meu lado ficar, seja como for, juras de amor, falar baixinho que me quer só mais um pouquinho e que muito vai me amar. Não vou mais divulgar, aboli esse lance de falar e falar. Eu não pretendia assustá-lo com minhas palavras muito menos impressionar, mas aconteceu o contrário, tudo que fiz foi só para desabafar. Parei agora de escrever coisas idiotas, típicas de quando se gosta. Sei que ponho medo sutilmente consigo notar. Ele possui muitas dúvidas as quais eu não posso tirar. Possivelmente não me ama, seria burrice amar no entanto indiferente continuar, mas vamos assim deixar rolar... Aliás, eu aprendi a raciocinar, de fato minha curiosidade pode me matar, mas eu pago para ver até onde ele pretende se enganar. Sem essa de me lamentar, se ele acha invasão da minha parte, não precisa se preocupar, pois não pretendo mais falar. Não quero idealizar, independente do que ele pudesse pensar eu revelei o quanto eu quis lhe amar. Tudo tem seu tempo, sucessivamente ouço alguém falar, o meu é agora e a minha prioridade não é mais apressar. Se um outro alguém se aproximar, não tenho porque negar irei sim conversar, falar que amo alguém que infelizmente longe está, e por mais que eu pense nele, ele nunca tentou me conquistar. Não quero ser prepotente ao ponto de decifrá-lo perderia toda graça eu acho. Tudo, eu juro não foi em vão, levo cada detalhe no coração. Mas sai do mundo de ficção e deste meu sentimentalismo ridículo eu abro mão. Almejo algum racionalismo, talvez um pouco do dele para ajudá-lo manter o equilíbrio. Aposto que está pouco se lixando para tudo isso. Segue sua vida tranqüilamente, como se nada de tão importante tivesse ocorrido, deve até achar graça das minhas palavras, julgando-as patéticas e bizarras. Não me faça ser redundante, um dia quem sabe você enjoa dessa sua imparcialidade constante. Sua indiferença me faz acreditar no poder das cartas, não falo do tarô, mas destas, escritas e mandadas ou não mandadas. Cheias de questões e metáforas, que assim, misturadas sem regras num português censurável soam mais sensatas. E meu peito, deposito subitamente esvaziado aperta-se no meio de tanto espaço.