quinta-feira, 4 de agosto de 2011

1 beijo doce.

Olhar para ele era quase tão insuportável (por não tê-lo), quanto prazeroso pela presença, pelo carinho. Ensaiava uma despedida, falava em ir embora enquanto meus olhos diziam o contrário. Eu sabia da existência do paradoxo, mas ele segurava minha mão tão forte, como se por hipótese alguma permitisse que eu me afastasse. O desejo de beija-lo descomunal foi maior que eu e a reciprocidade estava no olhar. Timidamente, seu sorriso revelava alguém feliz com a certeza de que meu discurso seria incapaz de acalmar nossos ânimos. Aproximando-se, milímetros naqueles milissegundos que antecederiam nosso beijo... Finalmente, depois de tanto, a timidez e os olhares que já falavam mais que mil palvras, ele venceu a barreira que nos separava e estava não só disposto a cruzá-la, como fazia naquele instante. Não tomei a iniciativa, havia jurado para mim mesma que não tomaria, mas mesmo assim, ele vinha ao meu encontro, com calma, mas convicto. Insuportavelmente delicioso foi o nosso beijo.

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