quinta-feira, 25 de junho de 2009


Eu não havia contado nada, por informação verbal minha. Não soube do nó na garganta e da minha temporária inabilidade para desatá-lo. Não soube que o meu coração estava carente de sensações intensas, embora o rosto sorrisse de vez em quando, só os olhos amorosos são capazes das leituras que transcendem a aparência. Aí se passaram alguns dias e eu fui presenteada com uma surpresa daquelas inestimáveis: aparentemente do nada, justo naquele dia, ele me manda uma música que traduzia, com perfeição inacreditável, o que eu estava sentindo.

Eu ri ao ouvir, e senti uma ternura toda grata. Tanto faz se estou triste ou alegre, o meu coração não resiste ao charme da nítida sintonia que existe entre algumas vidas. O amor tem isso de maravilhoso, além de outras tantas doações: essa mágica capacidade de comunicação, que é mais ágil, mais eficaz, sobretudo mais linda, do que qualquer outro tipo de mídia pode conseguir. A comunicação mais efetiva acontece em outra faixa de freqüência. Coisa rara e bonita é a gente poder se comunicar por meio da alma, sem que palavra alguma necessariamente aconteça. Entre todos os recursos fabulosos que o ser humano possui, a capacidade da escuta sutil é um dos mais surpreendentes. Podemos passar longas temporadas da vida sem sequer sabermos que ela existe, mas o amor não demora a vir nos contar...

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Um comentário:

Besides... disse...

Então outra vez o amor se faz presente. Que surpresa agravável saber que não sou só eu quem sei ou sinto tudo isso que você escreveu. Tá lindo Amandinha!

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