sábado, 28 de agosto de 2010

Prazer, do inútil ao agradável.


Dispensável é a saudade e não a falta, nada é a aresta de corrente de ar, útil são os corpos, sufocados, suados. Igual a torrada quente encharcada de manteiga. Queimados, sedentos de fogo, no cume do prazer. No máximo da força, até o fundo da dor, do ser, do vento, do tempo, da sensação mais plena de tremer. Distância falsa que esmaga todos os ligamentos deslizando de cima, de ponta a cabeça até o fundo. Vontade nua, intensa e crua. Silêncio esse que me sacia, depois do êxtase da fração de segundo de todo sal que houver no mundo, liberado na pele e estimulado pela alma. Vai do doce prazer dos dedos aos da lua, prazeres dos lábios, molhados de prazer.

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